quarta-feira, 1 de junho de 2011

Empório Árabe D'Hana - Mercado Central - BH

A junção de contemporaneidade, cultura popular e tradição do Mercado Central fez com que o mesmo se tornasse um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte. Sua diversidade de ofertas sempre despertou interesse em novos visitantes e também mantém a fidelização dos compradores.
Foi essa mistura de variedades que possibilitou que a comerciante Hanna Ahmad Khowli fizesse parte da história do Mercado.
De origem libanesa, veio refugiada com a família para o Brasil durante a Guerra do Líbano, em maio de 1976.
Em meados da década de 80, Hanna visitou o mercado pela primeira vez. Acabou encantada com a dinâmica do local e posteriormente, acabou se estabelecendo como proprietária de um empório especializado na cultura típica das raízes de sua terra natal. A comerciante acredita que esse fascínio esteja relacionado ao fato de o país Árabe possuir uma relação direta  com o mercado,já que o primeiro comerciante do mundo nasceu no Oriente. Pelo fato de ser filha de mercador, acabou ainda mais estimulando seu interesse pela profissão.
O estabelecimento "Empório Árabe e Delikatessen D'Hana" está na ativa há cerca de 30 anos e é especialmente direcionado à culinária libanesa.
Para o preparo de alguns quitutes específicos Hana precisa importar alguns produtos de sua região natal (como o caso do azeite utilizado) e também oferece variedades que não são fabricadas por aqui, como o Arak, a cachaça árabe e único tipo de bebida alcóolica do país.
Propagandas e apelos não fazem parte da rotina de apresentação do seu empório. A comerciante aposta na confiança de seus produtos e fidelidade às raízes. Afirma que o empório não tem público específico e sua clientela é bem diversificada, variando de clientes mais humildes até figuras públicas importantes, como o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia.
Hana já tentou expandir seu comércio em outros pontos de venda. Porém a estratégia não deu certo, já que o comércio demanda muito tempo de sua rotina, impossibilitando-a de manter o comando de duas lojas. Ela também acredita que o desenvolvimento de um estabelecimento se desenvolve muito mais positivamente se o proprietário estiver sempre presente e participativo.
Questionada sobre o fato de existir uma clientela fixa e quais as estratégias de publicidade e marketing  para manter o público, Hana enfatiza que não há muito mistério e que seu único meio estratégico é demonstrar confiança diante de seus clientes.
Próxima da data de sua aposentadoria, a comerciante pretende dar continuidade às tradições e costumes do empório. A loja ficará sob administração e comando de sua filha, sua atual sócia.
Dentre tantos clientes e histórias, Hana Ahmed cita a confiança que transmite à sua clientela e como esse posicionamento simples, porém eficiente, permite que ela estreite alguns laços. Um caso marcante colocado pela comerciante, foi a história de um pai que levava seu filho ainda criança para o Mercado Central para comer os quitutes da venda e hoje o filho repete a ação do pai com ele quando pequeno, levando seu próprio filho para fazer o mesmo. Demonstra-se com esse relato, que o Mercado Central é um local não apenas comercial, mas com histórias e vidas que perpassam gerações.

Abaixo se encontram algumas fotos do estabelecimento:

                                                                      Entrada

Sessão de Notícias sobre o Empório

                                                         Espaço dos Quitutes

                                                          Doce que te quero!!!

                                                                   Salgados

                                                            Espaço dos drinks
*Marcada com a seta, está esposta a única bebida alcoólica da região: Arák (Cachaça)

Bebidas

Vendinha


NÃO DEIXEM DE CONFERIR!!!

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