sexta-feira, 30 de março de 2012

Apego relâmpago


Pensamentos confusos que não nos deixam dormir. Quem nunca passou por isso? Hoje foi um pouco diferente, sem sentido, veio do nada. Sem motivos me veio à mente o porquê das pessoas tratarem as outras hoje em dia como simples documentos descartáveis. Não é tão simples assim, clicar com o botão direito e excluir. Nós, seres humanos, não somos “recuperáveis” como um arquivo que você se arrependeu de ter enviado direto pra lixeira e quer ter de volta. Vejo muito nos relacionamentos de amizade. Hoje virou moda adicionar seus “bests” como membros da família nas redes sociais, sendo que essa pessoa, em muitos casos sequer conhece seus pais, seu cachorro, ou até mesmo seu sobrenome. Não recrimino, apenas não faço. Você conhece hoje, convive uma ou duas semanas; o gosto musical é o mesmo; o estilo de se vestir até que é parecido; a opção sexual (ou não); assistem aos mesmos programas; não gostam de mostarda; pronto, amigos de infância. Não é assim. É preciso ter certeza. Grandes, verdadeiras, inseparáveis e insubstituíveis amizades resistem ao tempo, distância, conflitos e diferenças. Não é porque as férias foram mais longas ou que as opiniões mudaram um pouco que é preciso se afastar, esquecer que adicionou como irmão (a) no seu facebook. É mais do que isso. É cumplicidade, momentos juntos, sorrisos sinceros, problemas compartilhados, brincadeiras bobas e sem sentido nenhum. É mais, muito mais. Vamos parar com esse “apego relâmpago” pelas pessoas e começar a sentir de verdade, dar tempo ao tempo e ver, saber, sentir quem realmente vale a pena, quem é mesmo, de coração. Ninguém precisa ter dez amigos para se sentir amado. Tendo dois ou cinco, mas que sejam amigos sinceros, honestos é o suficiente. Amizade não se define pela quantidade, por quantas pessoas te adicionam ou curtem suas fotos, amizade é qualidade.


Besos, @vividavini

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